Pequeninos do Jockey na cerimônia de abertura da Helsinki Cup, na Finlândia - Foto: Divulgação - 08 de julho de 2013 |
28ª Excursão Europa
2013
A nossa viagem em à Europa
em 2013 foi uma das mais difíceis. Se não colocássemos o coração à frente de
tudo, a viagem seria inviável. O ponto de partida foi a compra da primeira
passagem feita pelo Velluto. A partir daí, as coisas foram acontecendo. É como
se um casal apaixonado esperasse nove meses para que seu filho nascesse, e
espera-se para a criança sonhos mirabolantes. Tudo o que planejamos e vamos
executar para seu filho, ele está presente. O casal sabe que seu filho não tem
preço. Assim é a excursão para a Europa. Várias reuniões, pessoas se doando em
prol de outras, seres empresariais e bons cargos em grandes firmas usam seu
prestígio a favor de outros, sem nada a receber em troca e, o mais importante,
sem fazer alarde do que foram capazes de fazer. Outros humildes que através de
seus sentimentos, de sorrisos e lagrimas, dizem obrigado com tamanha humildade
que nos sentimos pequenos (mesmo ajudando) diante deles.
Em nossa ultima reunião,
no dia 30 de junho, chamamos na mesa de reuniões as pessoas que mais
colaboraram para que a viagem acontecesse. José Carlos foi um desses. Após
varias consultas, achávamos que no dia 5/07 haveria passeata nas imediações do
aeroporto. Diante disso achamos por bem antecipar a nossa saída das 13h para as
10h da manhã. José Carlos se prontificou a mandar um Sprint para levar as malas
e a documentação para despacho das bagagens no aeroporto. Dissemos a ele que
teríamos 62 malas. Ele me disse que viria uma sprinter e que caberia tudo
tranquilamente. Mas ao contrário de uma sprinter, nos mandaram uma perua
escolar. Só sei que a Isabel, a Danuza e a Thais ficaram no clube ate as 21h
para que tudo desse certo. Só deu certo porque na terceira tentativa, tiramos
os bancos para que as malas coubessem.
Acontece todo ano com o
Clube Pequeninos do Jockey. Cada viagem do ano seguinte é planejada assim que
voltamos ao Brasil em agosto. Escolhemos as equipes que possam representar bem
o nosso clube, e chamamos os técnicos para fazê-los ver a importância de
representar o nosso clube, nosso Estado de São Paulo e o Brasil em grandes
competições internacionais. As tradicionais copas da Escandinávia, onde se
reúnem 75 países e 35 mil atletas, tornam-se a maior festa infanto-juvenil do
mundo. Sentimos a boa recepção de pais e atletas, fazemos ver a eles que os 11
melhores são prioridade no planejamento da viagem. Começamos a trabalhar e
conclamamos toda a Família Pequeninos para colaborar com nossa jornada.
5/07/2013 –
Todos estavam presentes na Sede do clube às 10h conforme combinado, porém o
ônibus não havia chegado. Ligamos para o sr. Ademar. Ele disse que o ônibus
havia quebrado, e que outro ônibus estava a caminho. Às 11h o ônibus chegou. Partimos
para o aeroporto. Chegamos lá por volta das 12h30. Tudo estava conforme o
planejado, as malas despachadas, inclusive as 8 caixas de instrumentos. Havia
inclusive um restaurante rodizio reservado para nós por R$19,00 por pessoa.
Almoçamos e voltamos ao aeroporto. Fomos tratados como se fosse time
profissional. Onde quer que fossemos, havia uma pessoa para nos guiar. Em nome
de toda a Família Pequeninos, muito obrigado ao Zé, valeu. Às 17h fizemos o check-inn
e ficamos à espera do embarque. Ao invés de sair às 18h45, o avião decolou às
19h25, devido a troca de lugares entre alguns
garotos de nossa delegação e militares.
06/07/2013 -
Após uma viagem tranquila, chegamos a Frankfurt às 12h25 do horário local. Portanto,
foram doze horas até a nossa chegada. Quando fomos passar pela alfândega, pedi
ao Odir o meu passaporte. Ele começou a procurar e não encontrava. Vi um
problema sério a ser resolvido. Orientei o Adão que, se não achasse a
documentação, eu e ele iríamos até a Embaixada para fazer outro passaporte.
Imediatamente Odir voltou refazendo o mesmo trajeto da vinda, onde achou os
documentos sobre um muro onde ele havia deixado... Que alívio! Passamos pela
alfândega e fomos ao portão 28 embarcar para a Finlândia. Ao chegarmos lá, o
vôo havia mudado para o portão 32, e ao invés de sair às 13h35, saiu às 14h25.
Após um voo tranquilo, chegamos a Helsinki às 17h35 do horário local. Após a
conferência das malas, constatamos que na mala do André haviam estourado duas
garrafinhas de pinga, molhando todo seu travesseiro. Que cheiro horrível.
Saímos do aeroporto, encontramos a guia para nos levar de ônibus até o hotel
Cumulus. No aeroporto encontramos também a Sara, seu marido e sua filha Samara
de 3 anos. Foi muito bom revê-las. Chegamos ao hotel, retiramos as malas,
dividimos os quartos com 3 atletas em cada um deles. Eu, Torres, Adão, Japinha
e Ronaldo voltamos ao aeroporto para fazermos compras para a alimentação. Todos
ficaram livres ate as 20h30. Às 20h20 retornamos do aeroporto, fizemos os
lanches, lanchamos e todos ficaram livres até as 23h30. Soube mais tarde que o
Odir continua aprontando. Além de perder os passaportes, esqueceu também seu
notebook na esteira da alfândega em Frankfurt. E mais. Ao sair do banheiro
enroscou a pulseira do seu relógio na porta, quebrando-a. O Odir estava
possuído, coitado. Pedi para o Gabriel Sobreira colocar o despertador para nos
acordar às 8h30.
07/07/2013 -
O despertador disparou às 6h. Pedi ao Gabriel que colocasse às 8h30 e voltamos
a dormir. Acordamos, fizemos nossa higiene pessoal, e fomos tomar café. Quando
estávamos nos deliciando com o saboroso breakfast, vieram duas moças perguntar
quem autorizara nossa delegação naquele local. Disse a ela que fora eu, e elas
perguntaram com ordens de quem do hotel. Respondi a ela que qualquer coisa fale
com o Mikka, pois estava agindo como no
ano anterior, onde também tomamos café. Após o café escovamos os dentes. Fizemos
nossa reunião, e todos foram dispensados até as 14h. Almoçamos e todos foram
dispensados ate as 16h, quando iríamos conhecer os campos e jantar. Às 16h nos
dirigimos ao ônibus, mas quando fomos embarcar o cartão estava inválido - só
valeria a partir do dia 8/07. A Sara ligou para a Copa que nos orientou a pagar
o ônibus para o jantar, e que eles nos reembolsariam. Achamos melhor ficar por
aqui e orientar o Japinha e mais alguns garotos para comprarem os lanches.
Servimos a garotada, o 97 ficou dispensado até 22h, e o 99, até 22h30. Eu, a
Sara, o Odir e o Adão fomos até a direção da Copa tirar algumas dúvidas que
restavam para a participação do torneio. Voltamos ao hotel e dormimos.
08/07/2013 -
Acordei às 5h, mas como estava muito cedo voltei a dormir. Às 7h15 tomei banho,
desci e fui tomar café. Às 8h50 fui com a Sara e o Odir acompanhar o 97 para o
jogo de estreia da Helsinki Cup’2013 contra o FC Viikingit, às 11h. Todos
estavam muito animados, cantando e batendo palmas a todo instante, prenunciando
um grande jogo. Ao passar por 2 ônibus
chegamos ao local. Ao encontrar um velho amigo do clube Honka o Odir
perguntou onde ficava o campo 21. O homem apontou para bem longe, e por
incrível que pareça o campo era bem ao lado de onde estávamos. É o único campo
coberto da Helsinki Cup, é comprido, quadrado e muito mal iluminado. O jogo foi
fácil demais, pois, ficaram os 11 atrás. Mas só ganhamos de 1 a 0 com um gol do
André, porque a bola teimava em não
entrar. A equipe teve um bom desempenho e deixou o tempo todo o time adversário
recuado e com grande volume de jogo. O placar de 1 a 0 não refletiu a
superioridade da equipe. Jogamos com:
André, Arthur, Gustavo M, Henrique, Kevin (Davi), Luiz (Roman), Matheus S, Paulo, Ronaldo, Ulisses e Victor.
Após o jogo de estreia, descontraídos
fomos ao restaurante almoçar. Após o almoço pegamos o bonde 8 até Sörnäinen, de
lá fomos no ônibus 615 até o Hotel Cumulus. Aí fiquei sabendo que o Odir
aprontou mais uma. Deixei um presente para que ele levasse para o Matti, mas
ele esqueceu no restaurante. A Sara ligou para lá, eles acharam e guardaram
para que pegássemos na hora do jantar. Mais tarde soubemos que o 99 havia ganho
do HJK por 2 a 0 com gols de Jeferson e Paulo Acácio (jogador do São Paulo). O
HJK é um time com muito toque de bola e trabalha bem. Foi um jogo pegado e
difícil, mas saímos com a vitória. Vencemos com:
Gabriel S, Bruno, Danilo, Alex, Everton, Jeferson, Lorenzo, Lucas, Paulo, Vinicius e Walce. Durante o jogo saíram: Bruno, Paulo e Vinicius para a entrada de: Luis, Alexandre e Henrique.
Mais tarde o Adão veio me
pedir se os garotos poderiam levar instrumentos para o desfile. (neste trecho vamos depois escrever como
foi o desfile). Disse a ele que ficaria sob sua responsabilidade, Às
20h20 recebi a visita da Tina, nossa guia de todos os anos, que em 2013 deixou
de colaborar conosco devido ao falecimento do seu filho One de 8 anos de idade.
Ela está muito abalada e não se conforma de maneira alguma com a morte do seu
filho. Muitas lágrimas foram derramadas em nosso encontro. Foi triste, muito
triste, mas a vida continua. Após o desfile, retornaram ao hotel às 22h. Às 22h30 fui procurado por alguns garotos,
dizendo que haviam esquecido instrumento no desfile. Eu disse que não havia
combinado nada com eles, e sim com o Adão; que ele viesse falar comigo. Quando
ele apareceu perguntei o que combinamos, e disse “o problema é seu, vá ate o
local, procure onde eles deixaram e me traga de volta”. Fomos dormir às 23h20..
Durante o jogo do 97 conheci o pai do americano Roman, e me encontrei com Kari Pallenius,
ex-dirigente da Helsink Cup.
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